segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A natureza protegendo a História

A natureza em todo o seu esplendor nas Ruínas de Bonsucesso.








Um dia especial com pessoas especiais
Todos os caminhos nos levam ao encontro de Deus quando verdadeiramente acreditamos nisso.
Um bom lugar para meditar.

É barco ou ônibus? escolha.

Igreja da Guia próximo as ruínas.






Não foi nada fácil chegar até aqui.







Sua construção foi realizada em 1789, conforme indicação da inscrição na fachada principal da ruína e conta a História que essa obra foi realizada, tendo como os construtores os padres da Ordem das Carmelitas. Destaca-se pelo seu estilo barroco tardio ou tropical edificado em alvenaria de pedra calcária e de arenito , da mesma forma que a Igreja da Guia, outro belissimo templo na mesma região de Lucena, tambem contruida à Ordem das Carmelitas. A certa distância da praia de Lucena, muito próximo ao Rio Miriri cuja as suas águas escuras, tornam esse lugar muito belo e especial. Primeiro, tem que atravessar um trecho raso do rio e caminhar por 300 metros até chegar as ruínas de Bonsucesso. Por estar localizado em uma area não muito fácil de achar, escondido entre um imenso canavial e um resto de mata atlântica, de certa forma conseguiu se manter preservado da depredação. Todo o passeio é recompensado quando se chega as ruínas e dar de cara com a imensa Gameleira segurando toda a estrutura da Igreja. Majestosa, ela abraça as paredes por dentro e por fora, como se quisesse perpetuar toda aquele santuário. Não encontrei registros ou fatos históricos que relatassem o motivo pelo qual, levou esta igreja ao total abandono. Mais uma preciosidade a ser visitada no nordeste brasileiro. Fica na região de Lucena próximo a João Pessoa, litoral da Paraíba.



Um banho nas águas transparentes do rio.










Um lugar especial.










terça-feira, 5 de outubro de 2010

Das terras dos Coroados a cidade do Imperador Pedro.

O Palácio Imperial.




Só em 1843 é que a Estrada do Caminho Novo deu condição de transitar carruagens. Hoje é assim. Ela foi responsável pelo crescimento de demais municípios como Pedro do Rio e Itaipava.








A entrada principal da cidade de Pedro.





Palácio Quitandinha

Esse maravilhoso prédio foi construído em 1944 para ser o maior Cassino Hotel da America Latina. Em maio de 1946, o Presidente Dutra decreta o fim do jogo no Brasil. Hoje é grande atração de Petropólis.

Um pouco de História.

Por mais de 200 anos as terras dos coroados , onde hoje está localizado a cidade de Petrópolis, ficou protegida da colonização portuguesa graças a cadeia de montanhas , na época intransponível, com mais de 1000 metros de altura na serra da Estrela e pelos seus habitantes nativos, os bravos indios guerreiros coroados.
Os coroados eram indios que habitavam a região. Bem diferentes dos indios tupis e guaranis, usavam os seus cabelos amarrados para cima parecendo uma coroa, daí a origem do nome. Conseguiram resistir e preservar o lugar até a construção do caminho novo.

Lá pelos meados dos anos 1600 com a chegada dos bandeirantes ao Estado de Minas Gerais vindos por São Paulo, é que ouve a verdadeira corrida do Ouro, muitos conseguiram chegar até o Estado de Goiás. Eles foram responsáveis pela criação de trilhas que originou o caminho velho ou Estrada Real. Para se ter uma ideia, saindo da cidade do Rio de Janeiro, gastava-se 95 dias para fazer todo o percurso até as minas de Ouro , na região da antiga Vila Rica. hoje, Ouro Preto.
Tinham que ir de barco até o porto de Paratí. Depois subir a serra do mar até o local onde hoje é Taubaté-SP para depois, entrar neste chamado caminho velho. Do total de todo o percurso, 45 dias eram feitos a pé ou montados em burros.

Só em 1699 é que o Governador Geral Artur de Sá, vendo o crescimento da extração das riquezas mineiras, que sentiu a necessidade de encurtar o caminho até a essas minas. A solução passava pelas terras dos indios coroados. Somente em 1724 é que Bernardo Soraes de Proença enfim, conseguiu abrir o caminho que hoje usamos para chegar a cidade Imperial, caminho esse, aproveitado das trilhas dos indios, chamado depois de Caminho Novo.Por essa contribuição, ele recebeu de Portugal uma grande quantidade de terra no Alto da Serra, mas precisamente onde hoje está localizado a cidade de Petropolis. Com o caminho novo, a região se desenvolveu rápido, surgindo no entorno novas fazendas.

Conta a historia, que Pedro I começou a andar pela região em 1822 em visitas as Minas Gerais. Como morava na cidade do Rio de Janeiro, cuja a temperatura era elevada para um Europeu, o clima da região o encantava. Ele achava que tinha que construir um Palácio para receber os Nobres que vinham da Europa, tambem não acostumados com o calor tropical. Aquela região da serra carioca tinha o clima ideal.

Em 1828 ele compra a fazenda Corrego Seco, tentando por em prática a idéia da construção do novo seu Palácio. Não teve tempo. Com dificuldades para governar em virtude das diversas insurgências, em 07 de abril de 1831 teve que abdicar do trono e voltar para Portugal, vindo a falecer em 1834. Pedro II herda as terras do seu pai e Paulo Barbosa Silva, Mordomo da Casa Imperial lhes fala da intenção de Pedro I de construír nessas terras o Palácio.
Em 1843, o Imperador Pedro II estava com 18 anos quando conseguiu colocar o país em boas condições financeiras, livres dos dominios dos bancos Ingleses. O café era a moeda forte da época. Enfim, é neste período que a terras dos coroados era coroada pelo Decreto Imperial nº 155 que fundava a "Povoação-Palácio de Petropolis". Para esse grandioso projeto tornar-se realidade , grandes quantidades de suas terras foram doadas principalmente, da grande fazenda do Corrego Seco aos colonos livres que ajudaram a levantar a cidade. A agricultura ajudou e muito neste desenvolvimento. Foi construído enfim, o Palácio onde hoje é o Museu Imperial, assim como a Catedral de São Pedro de Alcantara. Toda a cidade foi urbanizada. Uma boa parte de sua arquitetura hoje é do período de sua fundação.



Catedral de São Pedro de Alcantara












Hoje, na cidade que tanto amou e ajudou a construir, repousam na Catedral de São Pedro de Alcantara os restos mortais do seu patrono, o Imperador D. Pedro II, a Imperatriz Teresa Cristina, a Princesa Isabel e o seu esposo o Conde D'Eu. A cidade de Pedro, a linda Petrópolis no Rio de Janeiro.